Julian Assange testemunhará diante do Parlamento Europeu em outubro.
O Parlamento Europeu estudará relatório produzido por especialista da Finlândia (único país a institucionalmente apoiar WikiLeaks como entidade de denúncias).
O relatório versará sobre o caso de longos anos de perseguição sistemática orquestrada pelos EUA contra Assange e demais membros do WikiLeaks, com foco no desvio de atenção dos crimes denunciados pelo WikiLeaks (interesse mundial) para uma campanha desumana de difamação contra Assange e de tentativa de fechar WikiLeaks (interesses do império ocidental EUA-OTAN).
O relatório finlandês declara Assange como perseguido político e pede que a lei de espionagem americana (utilizada para o processo de extradição e para sua condenação em junho/2024) não seja mais utilizada para processar profissionais de imprensa e denunciantes.
A audiência no Parlamento Europeu, especialmente com a presença física de Assange) é um passo importantíssimo para frear a escalada autoritária no mundo ocidental que se acelerou nos últimos anos.
Os olhos daqueles que lutam por direitos humanos devem estar atentos para esta reunião no parlamento europeu e para novo capítulo do WikiLeaks e retorno de Assange a vida pública.
Via Wikileaks
COMUNICADO À IMPRENSA:
Julian Assange discursará no Conselho da Europa após confirmação de seu status como prisioneiro político
Em 1º de outubro, Julian Assange chegará a Estrasburgo para prestar depoimento perante o Comitê de Assuntos Jurídicos e Direitos Humanos da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE), que está programado para se reunir das 8h30 às 10h no Palácio da Europa.
Isso ocorre após a divulgação do relatório do inquérito PACE sobre o caso Assange, de autoria do relator Thórhildur Sunna Ævarsdóttir. O relatório se concentra nas implicações de sua detenção e seus efeitos mais amplos sobre os direitos humanos, em particular a liberdade de jornalismo. O relatório confirma que Assange se qualifica como prisioneiro político e pede que o Reino Unido conduza uma revisão independente para verificar se ele foi exposto a tratamento desumano ou degradante.
Sunna Ævarsdóttir atua como Relatora Geral para Prisioneiros Políticos e é Presidente do Subcomitê de Inteligência Artificial e Direitos Humanos no Comitê de Assuntos Jurídicos da PACE. Ela enfatiza como o caso de Assange é um exemplo de alto nível de repressão transnacional. O relatório discute como os governos empregam medidas legais e extralegais para suprimir a dissidência entre fronteiras, o que representa ameaças significativas à liberdade de imprensa e aos direitos humanos.
Julian Assange ainda está em recuperação após sua libertação da prisão em junho de 2024. Ele está participando desta sessão pessoalmente devido à natureza excepcional do convite e para abraçar o apoio recebido da PACE e seus delegados nos últimos anos. A PACE tem o mandato de salvaguardar os direitos humanos e repetidamente pediu a libertação de Julian Assange quando ele estava na prisão.
Ele dará depoimento perante o comitê, que também ouvirá as conclusões de que sua prisão foi politicamente motivada.
A audiência marca o primeiro depoimento oficial de Assange sobre seu caso desde antes de sua prisão em 2019. Sua aparição perante o principal órgão de direitos humanos e de definição de tratados da Europa enfatiza as implicações mais amplas de seu caso.
https://pace.coe.int/en/news/9578/committee-expresses-deep-concern-at-harsh-treatment-of-julian-assange-warns-of-its-chilling-effect-for-the-press?fbclid=IwY2xjawFgW5BleHRuA2FlbQIxMAABHdtRA72d1eXwyV0gRMHlf9HAJGhB1kA1A-RuyWPTtlXjT4YDg4Nu1aWLug_aem_vd6j-4LFdVuNm6FWhjhSUQ
Julian Assange conquista liberdade através de acordo com governo dos EUA
Depois de 14 anos de perseguição desumana está difícil acreditar que está chegando ao fim. É preciso atenção de todos que participam, participaram ou esteve pensando em participar da Campanha pela libertação de Julian Assange. O que se sabe pela imprensa até o momento é que algum acordo estava sendo costurado e que exige que Assange se declare culpado de espionagem. Todo o caso que corre há anos nas cortes de justiça se fundamenta no fato de que as atividades do WikiLeaks são puro jornalismo e a perseguição feita contra ele fere os direitos fundamentais de liberdade de expressão e direito à informação. E isso é fato. Então, uma admissão de culpa (para escapar de um destino pior que a morte) é no mínimo esquisito, por vários motivos. 1.) Esse acordo é uma derrota para o Jornalismo? Assange deverá admitir culpa em quais ações? Isso colocaria sob risco as atividades do WikiLeaks? Isso abre as portas para novas acusações? Isso abre portas para acusações contra outras pessoas? Improváv...
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