Julian Assange testemunhará diante do Parlamento Europeu em outubro. O Parlamento Europeu estudará relatório produzido por especialista da Finlândia (único país a institucionalmente apoiar WikiLeaks como entidade de denúncias). O relatório versará sobre o caso de longos anos de perseguição sistemática orquestrada pelos EUA contra Assange e demais membros do WikiLeaks, com foco no desvio de atenção dos crimes denunciados pelo WikiLeaks (interesse mundial) para uma campanha desumana de difamação contra Assange e de tentativa de fechar WikiLeaks (interesses do império ocidental EUA-OTAN). O relatório finlandês declara Assange como perseguido político e pede que a lei de espionagem americana (utilizada para o processo de extradição e para sua condenação em junho/2024) não seja mais utilizada para processar profissionais de imprensa e denunciantes. A audiência no Parlamento Europeu, especialmente com a presença física de Assange) é um passo importantíssimo para frear a escalada autoritá
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Julian Assange conquista liberdade através de acordo com governo dos EUA
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Depois de 14 anos de perseguição desumana está difícil acreditar que está chegando ao fim. É preciso atenção de todos que participam, participaram ou esteve pensando em participar da Campanha pela libertação de Julian Assange. O que se sabe pela imprensa até o momento é que algum acordo estava sendo costurado e que exige que Assange se declare culpado de espionagem. Todo o caso que corre há anos nas cortes de justiça se fundamenta no fato de que as atividades do WikiLeaks são puro jornalismo e a perseguição feita contra ele fere os direitos fundamentais de liberdade de expressão e direito à informação. E isso é fato. Então, uma admissão de culpa (para escapar de um destino pior que a morte) é no mínimo esquisito, por vários motivos. 1.) Esse acordo é uma derrota para o Jornalismo? Assange deverá admitir culpa em quais ações? Isso colocaria sob risco as atividades do WikiLeaks? Isso abre as portas para novas acusações? Isso abre portas para acusações contra outras pessoas? Improváv
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Julian Assange conquistou uma pequena-grande vitória. Mas a luta continua e pode ser longa. Nesta segunda-feira, 20 de maio, dois juízes no Reino Unido permitiram finalmente que Julian Assange possa apelar à mais alta corte britânica o seu caso de extradição. Os juízes não tinham aceito a maioria dos argumentos da equipe de defesa de Assange, mas permitiram a apelação por não confiarem nas garantias exigidas que foram dadas pelos EUA: 1. Promessa de que se Assange fosse extraditado, ele não seria acusado de novos crimes cujas penas pudessem culminar em pena de morte, nem colocado em regime de ainda maior isolamento. 2. Assange poderia recorrer a primeira emenda da Constituição dos EUA (direito de liberdade de imprensa e de expressão – que é um direito fundamental). 3. Assange não seria vítima de preconceito por não ser um cidadão americano e, portanto, receberia o mesmo tratamento dado aos cidadãos dos EUA num processo por espionagem. 1. Como a corte que acusa Assange de comete
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A Folha de São Paulo é um veículo jornalístico? Noam Chomsky escreveu que “A maneira inteligente de manter as pessoas passivas e obedientes é limitar estritamente o espectro de opiniões aceitáveis, mas permitir um debate muito animado dentro desse espectro”. Veículos de imprensa como Folha de São Paulo fizeram desta limitação de opiniões aceitáveis o seu ofício. Este jornal promoveu um pretenso debate “Julian Assange deve ser extraditado para os Estados Unidos?” dias após a finalização de audiências em corte de Londres do talvez último recurso de Assange para não ser extraditado. O que foi apresentado não foi nem mesmo formalmente um debate. O artigo pelo “SIM Assange deve ser extraditado” não se comunica com o artigo pelo NÃO, pois ambos artigos foram publicados no mesmo dia e na mesma hora e não houve sequência à exposição das duas opiniões opostas. Debate real implicaria réplicas às argumentações e um aprofundamento (mesmo que mínimo) do assunto em questão.